Impacto vs Vibração: Qual o melhor método para cravação de Estacas Prancha?
As estacas pranchas metálicas e de PVC são amplamente utilizadas no mercado mundial da construção civil, como na execução de portos, ensecadeiras, reforços de margens de canais e rios, proteção de escavações, paredes de contenção, vias subterrâneas, entre outros.
As estacas pranchas metálicas e de PVC são amplamente utilizadas no mercado mundial da construção civil, como na execução de portos, ensecadeiras, reforços de margens de canais e rios, proteção de escavações, paredes de contenção, vias subterrâneas, entre outros. Através da cravação de perfis sucessivos, com encaixes laterais tipo macho-fêmea, elas trabalham como paredes, com a função de conter solos e água, e podem ser utilizadas tanto para situações temporárias, como definitivas.
Para as obras que demandam rapidez e segurança, esse tipo de contenção apresenta vantagens em relação a outras soluções, como a possibilidade de vãos livres sem necessidade de contraventamento, possibilidade de reutilização dos perfis, contenções impermeáveis e versatilidade por poder ser instalada de forma reta ou curvilínea. Veja mais sobre esse tipo de contenção clicando aqui.
Entretanto, na análise de rapidez, segurança e economia da execução de contenções com estacas pranchas, é essencial considerar a forma de instalação das mesmas, visto que o método de cravação impacta diretamente no desempenho do serviço.
A execução pode ser feita basicamente por dois métodos: por impacto, que consiste na cravação através de golpes na cabeça das estacas, com martelos por queda livre, ou até mesmo com a concha de uma escavadeira, ou ainda, por vibração, a qual utiliza, como o nome induz, vibração para vencer o atrito lateral entre os perfis e o solo, e assim cravar as estacas com facilidade. O equipamento utilizado neste método é o martelo vibratório. A seguir, fazemos um comparativo das duas técnicas.
CRAVAÇÃO DE ESTACAS PRANCHAS POR IMPACTO
Devido às sucessivas batidas, este método apresenta alta geração de ruído, além de ser um processo mais lento, principalmente para solos com resistências elevadas. Pode também prejudicar estruturas vizinhas à obra, por causar vibrações devido aos impactos, não sendo recomendado, portanto, para áreas mais sensíveis à vibração e ruídos. Ainda, as cabeças das estacas ficam suscetíveis a avarias.
Em relação à mão de obra envolvida, são necessários mais operários do que técnicas mais modernas, e proporcionam menos segurança aos mesmos, já que eles devem estar frequentemente manipulando os perfis durante o trabalho.
CRAVAÇÃO DE ESTACAS PRANCHAS POR VIBRAÇÃO
Através de uma alta frequência gerada pelo martelo vibratório, este sistema faz com que o atrito lateral entre o solo e o perfil seja rompido, permitindo a cravação com facilidade e consideravelmente ágil. Apesar do nome, este método transmite vibração muito menor do que por impacto e, por isso, é recomendado para lugares próximo a edificações.
O mercado também conta com martelos livres de ressonância, que minimizam ainda mais as vibrações, tornando o processo de cravação mais silencioso e não danoso a estruturas vizinhas. Há também modelos com 360 graus, o que garante alta produtividade na cravação e movimentação de estacas e com mordente lateral, que como o nome sugere, “morde” a estaca de lado, não estando limitado o comprimento da estaca ao alcance do braço da escavadeira, com o mordente lateral é possível cravar perfis com comprimentos maiores.
Quanto à mão de obra, há uma redução significativa comparada ao método anterior, proporcionando, portanto, economia e redução do risco de acidentes de trabalho.
Os martelos vibratórios podem ser suspensos por guindastes ou até mesmo adaptados em máquinas escavadeiras, e podem trabalhar tanto na cravação como na extração de estacas pranchas, bem como perfis metálicos e tubos em geral.
Desta forma, é possível dizer que o método por vibração não só apresenta muito mais vantagens e facilidades quando comparado à cravação por impacto, como é altamente recomendado por ser capaz de gerar economia, agilidade, e segurança às obras de contenções.
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Autor: Letícia Zuchetto
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