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Através da construção da UTE I (Usina termelétrica) no Porto do Açu, a construtora Andrade Gutierrez, empresa responsável pela execução das obras civis e industriais estabeleceu uma grande parceria com a VPA Infra. O projeto dividido em várias etapas, previa uma área enorme de escavação para a instalação de grandes tubulações. Neste sentido, avaliando inúmeras possibilidades, chegou-se à conclusão que a melhor solução para a contenção seria as estacas prancha metálicas. Sendo assim, os perfis foram dimensionados para suportar toda o empuxo do solo, além de altas sobrecargas próximas a escavação. Como a obra estava localizada dentro do Porto do Açu, o solo predominante era arenoso e de baixíssima coesão. Logo, identificou-se um grande desafio para a cravação das estacas. Em solos arenosos, extremamente secos, que foi o caso deste projeto, o equipamento de cravação (martelo vibratório) poderá ser combinado com o jateamento de água em função da resistência encontrada in loco. Em biografias encontradas tanto no Brasil como no exterior, recomenda-se um martelo vibratório de momento excêntrico e amplitudes baixas, mas em contrapartida uma alta frequência de vibração. Isso se dá pelo motivo das partículas do solo estarem praticamente isoladas e por não possuírem coesão. Sendo assim, a alta frequência, consegue romper o atrito da estaca com o solo, permitindo sua penetração no terreno. Contudo, como já sabemos, o “mundo” da engenharia, nem sempre é simples como nas teorias e biografias. Para a obra em questão, foi necessário fazer uma parametrização especifica do martelo vibratório, além do jateamento de água em determinados pontos, para facilitar e aumentar a produtividade da cravação das estacas.
